positivoportuguês
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Põe mais lenha na fogueira Não deixa o fogo apagar A cerveja tá gelando, a picanha eu tô salgando E mulher não vai faltar Minha vida complicada cada dia só melhora Todo dia da semana tem cerveja e tem viola Não pense que é muito fácil a vida que estou levando Beber trinta vez por mês em doze meses por ano Põe mais lenha na fogueira Não deixa o fogo apagar A cerveja tá gelando, a picanha eu tô salgando E mulher não vai faltar Assim vou levando a vida, veja a minha situação Não sei se isto é defeito gostar de tudo que é bão Tem gente me difamando eita coisa que eu odeio Tá com inveja de mim e louco pra tá no meio Põe mais lenha na fogueira Não deixa o fogo apagar A cerveja tá gelando, a picanha eu tô salgando E mulher não vai faltar Não tenho muito dinheiro, mas também não tá faltando No braço dessa viola, eu levo a vida cantando Não dou tempo pra tristeza, eu vivo só de alegria No meio da mulherada, no meio da cantoria Põe mais lenha na fogueira Não deixa o fogo apagar A cerveja tá gelando, a picanha eu tô salgando E mulher não vai faltar
sábado, 17 de novembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos…
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
(...)
Vinícius de Moraes
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica
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